Ficou tosco esse conto... Nem tá assustador, eu podia ter colocado um monte de coisas, mas fiquei com medo de escrever e.e Pois é... Eu sou medrosa xD Mas, mesmo assim vou postar xD Feliz Halloween pra vocês ^^
A Garota De Vestido Azul
Era uma floresta densa, com árvores altas e grossas por toda a parte. A luz do sol não entrava naquele lugar, o que deixava a floresta ainda mais escura e espantosa. Uma neblina sempre pairava pelo solo, e havia uma lenda. Nas proximidades da floresta havia uma pequena vila, com suas casas de madeiras coloniais, sua praça pequena com uma fogueira para queimar as bruxas no centro e sua igreja pequena, mas ainda assim imponente, com uma torre grande na qual continha um sino que badalava a cada hora. Nessa vila que surgiram os boatos de que aquela lenda era verdade.
No canto mais afastado da vila, bem próxima da orla da floresta morava uma humilde família, um pai alto e esguio, uma mãe abatida pelo cansaço do causado pelos tempos pobres e difíceis da família e um menino de aproximadamente nove anos, ele era magro, mirrado e fraco, seus cabelos louros eram espetados que se chamava Jean. É claro essa família já tinha escutado essa lenda milhares de vezes, o passatempo preferido dos garotos da vila eram assustar Jean com aquela história sempre que tinham oportunidade. Mas ele não tinha medo, afinal, já tinha entrado muitas vezes na floresta procurando cogumelos para sua mãe colocar na rala sopa e nunca sequer vira a sombra da tão temida garota do vestido azul.
A lenda dizia que naquela floresta há muito tempo atrás entrou uma menina, ela usava um vestido azulado. Sua mãe havia lhe avisado para não entrar naquela floresta... mas ela não obedeceu. Ficou por horas andando por ali, olhando as belas flores e os esquilos. Não percebeu quando a noite chegou. Quando percebeu tudo já estava escuro e ela não conseguia encontrar o caminho para voltar a sua casa. Ela correu e correu, e entrava cada vez mais fundo na floresta. Depois de horas assim ela encontrou uma caverna, onde ninguém ousava entrar a anos, mas ela não sabia disso.
Quando as luzes verdes se acenderam e uma voz pediu para ela aceitar uma proposta, “Sua alma em troca de tudo o que ela quisesse” ela aceitou e pediu para passear todos os dias na parte mais bonita da floresta. Algo tomou conta de seu corpo e ela se perdeu pra sempre. Dizem que todos os dias ela caminha pela floresta, saltitando ao redor das arvores e cantarolando... E todos que a viam eram levados para a caverna, e nunca mais saiam de lá com vida.
Em um finalzinho de tarde, o sol quase escondido por trás das copas das árvores banhava o céu de um dourado brilhante, as nuvens alaranjadas e avermelhadas completavam o espetáculo. Uma pipa de papel vermelho voava pelo céu, Jean a controlava com um sorriso enorme no rosto, seu pai havia a feito com um restante de papel e alguns gravetos, era uma boa pipa, a melhor que ele já tivera. Um vento forte vindo do nada bateu na pipa que voava alegremente, brigou com ela no ar e a forçou a cessar seu voo, caindo em um mergulho feroz, viajando no vendo e caindo dentro da floresta.
Jean olhou assustado, o sol estava quase desaparecendo por completo, sua mãe havia lhe pedido para não entrar na floresta de noite, não por causa da lenda, mas por causa dos animais ferozes que moravam lá. Mas ele não podia deixar a pipa que seu pai fez com tanto esforço jogada naquela escuridão. Ele sem pensar muito saiu correndo em direção à floresta, entrou por seguindo uma estradinha coberta por folhas húmidas e galhos secos. Tudo estava escuro e húmido, ele não conseguia enxergar dois passos a sua frente. A neblina que cobria o chão não o permitia enxergar onde pisava.
Mas mesmo assim ele continuou, foi adentrando cada vez mais a floresta, se afastando cada vez mais da luz do luar e da vila e mergulhando mais e mais fundo na escuridão. Até que conseguiu enxergar o vermelho do papel há alguns metros de distancia, ele abriu um sorriso no rosto e correu em direção à pipa. Mas algo o perseguia, algo rápido que emanava um brilho próprio que iluminava os trocos e os galhos das árvores por onde passava. A coisa o ultrapassou e agarrou a pipa primeiro. Era uma menina de rebeldes cabelos louros, sua pele era cinzenta e seus olhos arregalados vermelhos, seu sorriso era largo e afiado, suas mãos finas e longas, parecendo garras. Seu vestido rasgado e sujo de lama e folhas era de um azul escuro brilhante.
Jean Gritou, mas sua voz não saiu, tentou se mexer, mas seu corpo não o obedeceu, tudo foi ficando cada vez mais escuro, e ele apenas escutava uma voz esganiçada dizendo “Venha comigo, venha comigo!” até que não escutou, ou enxergou mais nada.
Abriu os olhos aos poucos, não enxergou nada mais que a escuridão. O ar estava úmido e pesado, um cheiro de podridão tomava todo o ambiente. Ele tateou o chão para se levantar, era úmido e gosmento, apalpou as paredes do que parecia ser algum tipo de caverna, as pedras frias, duras e pontudas machucaram suas mãos. Estava desesperado, seu coração batia tão forte que parecia que iria arrebentar seu peito.
- Onde eu estou? – ele sussurrou e depois gritou – Socorro!
Ele ouviu o som de algo se arrastando, se movendo lentamente na escuridão. Então sentiu uma respiração quente a poucos centímetros de sua face. Ele paralisou. Em um segundo o ambiente ficou mais escuro que antes, foi como se as sombras ganhassem vida e o prendessem ali, ouviu sons, vozes e sussurros, gritos, todos dizendo a mesma coisa “Saia daqui... Não acabe como nós... Saia daqui... Fuja dela enquanto pode!” Então ouve um vendaval e todas as vozes se calaram.
Silêncio. Jean ainda estava parado, não conseguia mover nem um musculo. Então luzes azuladas começaram a brotar das rochas que formavam as paredes e o teto da caverna. Seus olhos arregalados fitaram o vermelho dos olhos da menina loura a sua frente, ela exibia o mesmo sorriso macabro de antes. A única coisa que disse foi:
- Você aceita minha proposta?
Ele se lembrou do conto. Se lembrou do que aconteceu aquela menina. Tentou se mexer e sair correndo, mas seu corpo não o obedeceu. Ele continuou a tentar. A menina estendeu as mãos em forma de garra para ele e tentou segurar seu braço, mas ele não deixou. Desviou e juntou todas as suas forças para sair correndo. Seus pés escorregavam no chão molhado, ele se agarrava as paredes, tentando se equilibrar, correu o mais rápido que pode.
- Nããããããooooooooooooooooooooooooo! Aaaaaaarrrrggg! – O grito da garota ecoou por toda a caverna e se espalhou pela floresta – Você não vai fugir!
Ele não olhou para trás, apenas continuou correndo. A floresta estava mais escura que antes, ele ouvia ruídos de animais noturnos, corujas, grilos, felinos. Podia ouvir também o arrastar das folhas atrás de si, se desesperou. Viu a claridade azul que emanava da garota se aproximar. Sentiu seu corpo ser agarrado por aqueles braços finos e pegajosos, as garras adentrarem sua pele. Se sentiu ser arrastado novamente para as profundezas escuras daquela floresta. Juntou todas as suas forças e gritou.
- Socorrooo! – Se debateu e tornou a sair correndo. Mas ela sempre o alcançava, e ele sempre tornava a fugir.
Alguns dias depois o corpo do menino foi encontrado, na orla da floresta, estava pálido e frio, com uma expressão de terror no rosto. Ainda vivo, mas sem mente. A única coisa que ele dizia era “Eu a vejo... ela está em todos os lugares... ela está aqui... veio atrás de mim!”.
Fim
Bom, é isso ai xD nem assustou né?
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2 Comentários:
O Garoto morreu pô, eu não gostei u.u
A escrita ta boa, a história realmente não assusta, mas perdeu pontos comigo matando o garoto.
NA verdade, o garoto não morre. Ele simplesmente enlouquece! ^^
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