Bom... Aqui está o Capitulo 2, finalmente xD Demorei um pouco porque quando criei o primeiro capitulo dessa história foi um surto de criatividade, então eu não tinha resolvido muitas coisas... Não fazia ideia de como continuar... ainda não sei xD Tem coisas que vão estar estranhas... mal resolvidas, e etc... Bom... não esperem muito xD Só espero que se divirtam lendo ^^
Capitulo 2 - A Batalha Do Vale
- Oh... Já sei do que se trata então! – Disse o velho Kemi com um sorriso nos lábios murchos – O deserto de areia vermelha!
E apontou para uma parte do mapa, totalmente vermelha, assim que o dedo do velho encostou no papel magico ele pareceu se ampliar, e foi mostrando cada vez mais nítido os contornos da areia, as dunas e até mesmo alguns animais que passeavam pelo deserto. O nome do lugar estava bem explicito na areia vermelha e densa que o formava.
- Só não entendo o que esperam encontrar nesse lugar – Disse Kemi pensativo – Anos e mais anos sustentando essa lenda e a única coisa que deixam escapar é essa pista vaga.
- Vovô... Do que você está falando? – Yahiko perguntou confuso – O que é essa lenda de que o senhor falou?
- Ah, me desculpe Yahiko... Esqueci que nunca te contei essa história... Bom, ela nunca foi considerada verdadeira mesmo, não achei que deveria te envenenar com a mesma obsessão por algo irreal – Kemi disse dando alguns tapinhas na cabeça do neto - Mas pelo visto, agora tenho um motivo para acreditar que ela seja verdadeira... Só espero que essa tal pista tenha sido anunciada por um dos sábios do conselho... Se não, não ira passar de mais uma pista falsa.
- Pista para quê? – O garoto continuava confuso
- Para o Vale dos Ossos Verdes! – Kemi disse em plena animação e percorreu os dedos pelo mapa, parando bem no centro, no mar de vidro, onde todas as água de todos, os mares, rios e lagos das regiões planeta desaguavam, onde se encontrava uma ilha muito grande e inabitada, protegida por grandes paredes de rochas, mas o mapa não mostrava nada mais além dessas paredes, apenas uma grande escuridão – Essa é ilha onde tudo começou, tudo!
- Porque não o mapa não mostra em detalhes, assim como os outros lugares? – Indagou Yahiko – Porque está escuro?
- Magia! Uma magia forte que protege este lugar do mundo! - Respondeu Kemi – Uma magia que protege o que está ali das pessoas gananciosas deste planeta.
- Protege o que?
- O vale dos Ossos verdes! – Kemi disse e se levantou, foi até as prateleiras da parede e puxou um grande livro, capa de couro envelhecido, com a gravura de um homem de armadura esverdeada na capa e, abriu o livro – Aqui... Essa história tem algumas centenas de anos... Alguns não acreditam, outros fazem dessa lenda os motivos de suas vidas... Eu... Bom... Deixe-me te contar o que aconteceu Yahiko.
“Tudo começou no vale de Hetmór, onde habitavam simultaneamente duas das raças mais poderosas de todo nosso mundo. Nós, os Bélicos, guerreiros capazes de se transformar em dragões, dotados de força e habilidades inimagináveis para as outras raças e os Magos, homens inteligente, dotados de magia única e formidável.”
“Esses magos que habitavam o vale de Hetmór usando seus sortilégios, juramentos e magias profundas criaram um objeto magico, um colar que carregava uma pequena pedra verde, tamanho era o poder desse objeto que só conseguiram criar um. Essa criação continha inúmeros poderes, mas o mais cobiçado deles era o poder de materializar os desejos de seu portador.”
“Nossos ancestrais Bélicos não possuíam poderes para criar algo tão incrível e foram tomados de certa inveja... Mas quem não ficaria? Passaram se anos, e os magos ia ficando cada vez mais fortes, chegando a dominar totalmente o vale. Um grupo em particular de Bélicos tentou destruir esse objeto, mas sua tentativa foi apenas um mero fracasso. E todos foram mortos.”
“Os chefes de nossos ancestrais acusaram os magos de criar uma arma para destrui-los e declararam guerra contra os magos. A guerra se estendeu por anos, pois mesmo tendo aquele objeto magico os magos tiveram um grande trabalho para sobrepor a força dos grandes dragões bélicos. Foi em uma noite, que Quantein um dos chefes do clã dos dragões Negros conseguiu atravessar as barreiras inimigas e atacar diretamente o Chefe dos Magos, Yula. Porem, Yula era dotado de uma capacidade extraordinária de prever o próprio futuro, assim ele conseguiu escapar, e outro mago foi morto por engano, em seu lugar.”
“Depois disso a guerra ficou incrivelmente violenta, e boa parte dos magos e bélicos foram mortos. Alguns queriam um acordo de paz, e formaram um grupo pacifista, que se isolou da guerra e buscava apenas uma solução para ela. Foi então que descobriram que a guerra em si, era um desejo.”
“Sim, um desejo materializado pela relíquia. Um desejo de seus criadores, um dos magos Anciões, que sonhava em destruir todos os habitantes para poder ter todo o poder do objeto magico apenas para si. E que a relíquia em si, alimentada por todo esse desejo de poder do Ancião, havia sido nutrida de ódio e ganancia e tomara vida própria, possuindo a mente do velho mago. Se transformando em puro ódio.”
“Mas quando descobriram isso a guerra já estava muito avançada, não conseguiria mais conte-la, pois não eram mais questões politicas, e sim pessoais. Os que ainda guerreavam não estavam ligando para a relíquia ou para quem governaria o vale dali para frente, estavam vingando a morte de seus companheiros.”
“O grupo pacifista então contatou Yula, e o contou sobre os reais motivos naquilo, e pediram para que ele desse um jeito naquilo, antes que todo aquele ódio atingisse o mundo. Yula usou seus poderes para erguer as paredes de rocha magica que isolam a ilha do resto do nosso mundo. E doze magos dentre aqueles do grupo dos pacificadores fizeram uma barreira magica. Apenas aqueles que não estavam consumidos pelo ódio conseguiram atravessar a barreira magica erguida. Dizem que todos os outros, inclusive o próprio Yula, se transformaram em estatuas de esmeralda, daí o nome do vale... que não se chama mais Hetmór, O Vale Dos Ossos Verdes”.
Quando Kemi terminou de narrar lenda Yahiko o olhava com um olhar desconfiado. De quem não acreditara em nenhuma palavra.
- Mas... Vovô... O que isso tem haver? – Yahiko perguntou
- Você quer dizer o porquê de esta lenda ser famosa?
- Sim... Porque querem entrar nesse tal vale?
- Bom... Não se sabe se isso é verdade ou não, mas dizem que a estatua de Yula preservou todos os poderes dele, e aquele que tocar a estatua primeiro recebera todos esses poderes – Explicou Kemi - Alguns dizem que a pedra em si foi restaurada depois que Yula usou essa magia e que agora ele está limpa de todo o ódio, e agora quem usa-la terá todos seus desejos realizados... Outros procuram esse vale apenas pelas estatuas de esmeralda, são milhares... Dariam uma grande fortuna.
- E você vovô? Porque quer encontrar esse vale?
- Por que... Porque lá é minha origem, onde nasceu nossa raça, Somente lá que um bélico pode atingir todo o seu poder, se transformando em seu verdadeiro dragão... Tudo o que fazemos aqui é uma mera transmutação... Lá, poderemos nos tornar dragões! Dizem que é por isso que os magos também tentam encontrar esse lugar... Porque lá está a raiz de sua magia!
- Nossa! Isso é incrível! – Pela primeira vez Yahiko mostrou interesse na lenda – Quer dizer que lá eu vou ter mais chances de ter uma boa transformação?
- Absolutamente... mas isso não quer dizer que você não precise treinar! – Kemi disse e guardou o livro – Existem muitos mistérios envolvendo aquele lugar, muitos dariam a vida para estar lá... Muitos tirariam vida para alcançar tamanho poder.
- Mas vovô... Ainda não entendi o que isso tem haver com a tal pista que o senhor Felich falou... O tal do Deserto vermelho.
- Bom... Lembra da barreira magica da qual eu te falei? – Indagou Kemi, seu neto assentiu com a cabeça – Essa barreira foi feita por doze dos mais sábios e poderosos magos, os magos, tem uma espécie de pedra magica na ponta de seus cajados, e essas pedras que esses sábios usavam são as chaves para quebrar a barreira magica e entrar no vale dos Ossos Verdes... Depois que saíram de lá, cada um desses sábios tomou seu próprio rumo, com o passar do tempo, a lenda foi se espalhando e alguns começaram a procurar esses magos, para roubar-lhes as pedras e usá-las para entrar no Vale.
“Então, os magos abriram mão de seus poderes e se livraram das pedras, não destruindo, pois se o fizessem acabariam com o encantamento que protegia o vale. Eles as esconderam, em lugares que ninguém sabe, mas dizem, que se você achar uma das pedras ela lhe levara a outra, e a outra lhe levara a mais uma e assim por diante, até que você encontre todas as doze.”
“Por muito tempo foi especulado o paradeiro dessas pedras... mas ninguém nunca achou uma verdadeira... somente pistas falsas. Mas agora que disseram algo sobre o deserto vermelho, creio que posso ser verdade. Mas já estou velho demais para isso... e de certa forma, já não vejo o porque de arriscar minha vida para conseguir algo que pode até mesmo não ser real.”
Dias se passaram desde que Yahiko ouviu essa lenda pela primeira vez. Passou a sempre conversar com seu avo depois disso, se esforçava mais nos treinos, de certa forma estava mais motivado, queria que um dia ele pudesse ser capaz de ter uma boa transformação para ao menos ser digno de entrar no vale de Hetmór.
Em uma sexta feira, dia de treino de voo, Kemi não compareceu para dar aula. Em seu lugar foi mandado um de seus ex-alunos, os jovem de pele morena e longos cabelos negros. Um dragão negro. Foi uma das melhores aulas que já tiveram, porem Yahiko não aproveitou muito o treino, pois ficou pensando em seu avô, esse fato fez com que seu dragão ficasse mais ridículo que o normal, o que fez todos caçoarem ainda mais dele.
Assim que o treino acabou ele saiu apressado, percorreu todo a escola, que ocupava todo o topo da montanha, e desceu pelas escadas laterais, que levavam a outra montanha, onde se encontrava uma vila onde grande parte dos bélicos daquela região vivam. Passou correndo entre as casas altas e com as janelas escancaradas e foi a casa onde morava junto com seu avô.
Ao entrar no quarto de Kemi, Yahiko e encontrou deitado sobre uma cama, com o semblante pálido e abatido. Ele se ajoelhou a beira da cama do avô e segurou sua mão.
- Yahiko... Como foi hoje o treino? Espero que Gume tenha dado uma boa aula... – Disse o Velho com a voz baixa e interrompeu a frase para tossir fortemente.
- O que você tem vovô?
- Adoeci um pouco... Nada muito grave! – O velho disse forçando um sorriso lateral – Logo vou estar bem, não se preocupe.
- É mentira dele! – Disse uma mulher bem gorda, de bochechas rosadas e um semblante severo entrando no quarto – Seu avô está muito doente... Foi mordido pelo lagarto de sete dentes!
Yahiko parou assustado. Não queria acreditar no que havia ouvido daquela mulher. Na região montanhosa onde moravam, existiam inúmeros animais perigosos, alguns com venenos mortais, e esse lagarto era exatamente um dos piores. Como se não bastasse era o mesmo lagarto venenoso que matara a mãe de Yahiko quando ele era pequeno, e depois que sua mãe morreu seu pai simplesmente desapareceu de casa, o que o fez ir morar com seu avô. E agora, novamente ele estava prestes a perder seu tão querido avô.
- Não é possível! – Yahiko sussurrou – Não é possível!
- Não se preocupe... É preciso mais do que um simples lagarto idiota para acabar comigo! – Disse Kemi tranquilizando o neto dando tapinhas em sua cabeça.
- Não seja idiota! – Gritou Yahiko e afastou a mão do avô de si bruscamente – Você vai morrer! Assim como ela!
- Yahiko...
- Mas... Eu não vou deixar!
- Mas o que você pode fazer? – Indagou a mulher com um tom de escarnio – Você é só um garoto... não pode fazer nada.
- Sim... Eu posso! – Disse ele e caminhou bruscamente até a porta – Mesmo que você morra vovô... Eu irei te trazer de volta!
Ah... mais uma coisinha xD Talvez para próximos capítulos eu comece a fazer algumas ilustrações... igual a que eu fiz no conto de Halloween... bom, vou tentar fazer um desenho mais "bunitinho" da próxima xD aguardem! (^__^)/
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