Hey yo leitores e leitoras *0* Então... Primeiramente... desculpa por demorar tanto pra postar esse capítulo (-__-) aconteceram algumas coisinhas (provas, trabalhos, doenças Ç.Ç) mas enfim... ai está o 3° capitulo *0* espero que gostem ^^ ah eh... dá ultima vez disse que iria fazer um desenho... mas o desenho só no próximo capítulo mesmo, gomenasai -.- prometo que será em breve ^^
O vale dos Ossos Verdes - Capitulo 3
A Floresta Negra do Norte
A noite foi extremamente fria e solitária para Yahiko, não
saiu para ver as estrelas cintilantes espalhadas céu feito pedrinhas de
diamantes espalhadas em um veludo negro. Ficou apenas sentado em sua cama fria
embrulhado pela escuridão de seu quarto, seus pensamentos focados no que fazer
dali pra frente. Sabia que seu avô morreria, mas se recusava a aceitar isso.
Mesmo que ele morresse estava disposto a fazer de tudo para trazer seu avô de
volta a vida.
Não suportaria a
ideia de perder mais uma pessoa amada, não queria ficar sozinho, sim, isso era
egoísmo, mas mesmo assim ele continuaria com seu plano. Iria recolher todas as
pedras e abrir o caminho para esse tal vale dos ossos verdes, e então, usaria o
que tivesse lá, fosse a estatua de Yula, o mago, ou a pedra que materializava
desejos, fosse o que fosse, ele chegaria lá pelo seu avô, nem que morresse para
isso.
Quando os raios dourados do sol iluminaram melancolicamente
o grande tapete de grama verde que se espalhava pela frente da grande casa em
que Yahiko morava o garoto se levantou de sua cama, pegou uma mochila velha
passou sorrateiramente pelos corredores da casa, atravessou a vila correndo e
foi até o salão de treino, entrou pela mesma porta pequena e chegou até a sala
onde estivera com seu avô da ultima vez, foi até o armário e pegou o mapa
magico, dobrou-o e enfiou na mochila, pegou mais alguns livros antigos na
esperança de que eles tivessem alguma informação útil e o livro em que seu avô
tinha lido a lenda e também os enfiou na mochila. Pegou também uma capa de cor
azul metálico e algumas adagas.
Voltou ao seu quarto antes que as pessoas da vila e os
empregados da casa acordarem e depositou sua mochila de couro envelhecido antes
vazia, agora cheia de mistérios e aventuras em um canto debaixo da cama, e
voltou a se sentar, olhando fixamente pela janela, de onde podia ver o sol
nascendo em todo seu resplendor e banhando toda a montanha com seus raios
mornos e atraentes. Ficou parado pensando se iria agora ou esperaria até o dia
seguinte. Se perguntava se poderia simplesmente sair assim, sem ao menos dar
explicações, se essa atitude não iria piorar as coisas, mas essa seria sua
única chance. Se essa tal lenda fosse mesmo real ele poderia trazer não
somente seu avô, como também sua mãe de volta a vida, era uma chance que ele
não estava disposto a perder.
Então simplesmente se levantou, pegou sua mochila jogada no
canto embaixo da cama e jogou nas costas, saiu do quarto caminhando lentamente.
Andou pelas ruazinhas de pedra em contraste com a grama muito verde iluminada
pelo sol morno da manhã, deu uma ultima olhada nas flores brancas manchadas de
vermelho que enfeitavam a vila do topo da montanha em que morava e continuou caminhando
até o grande e imponente portão de saída, onde a grama e a ruazinha de pedra
terminavam e começava a grande escada de trezentos e noventa e nove degraus,
essa seria a ultima vez que desceria aqueles degraus, em muito tempo, tinha
certeza de que a tarefa que tinha tomado para si não seria fácil.
Desceu os primeiros degraus lentamente, parou no quinto,
deu uma ultima olhada para a grande construção no canto mais alto da montanha,
o lugar onde seu ovo treinava os jovens bélicos, olhou para a casa onde vivia,
com seu telhado escuro, suas paredes claras e seus detalhes em tons de azul e
prateado. Percorreu o olhar pela vila, calma, onde costumava brincar quando era
pequeno, olhou tudo aquilo e se prometeu que iria voltar.
O restante dos degraus foi descido sem que ele olhasse para
trás, evitando qualquer tipo de pensamento sobre o que iria acontecer, ou sobre
seu avô, sua mãe ou seu pai. Concentrou-se apenas em como chegaria até o tal
deserto vermelho. Desceu o ultimo degrau e envolto em seus pensamentos apenas
continuou andando, se forçando para não olhar pra trás, pois sabia que se
olhasse iria querer voltar, e iriam impedi-lo de partir, principalmente seu
avô.
O garoto já estava há quilômetros de distancia quando um
grito ecoou na vila que acabara de deixar. A mulher gorda que estava tratando
do velho Kemi acaba de entrar no quarto onde o velho descansava e ao tocar seu
corpo percebeu que ele estava frio. Correu para avisar o neto do velho, mas não
o encontrou em seu quarto, foi até a escola e ele também não estava lá.
- O que aconteceu? – Um garoto de olhos e cabelos dourados
perguntou ao ver a mulher olhando por todos os cantos da escola
- Ah Milon, você viu o Yahiko? – Ela indagou
- Não, por quê?
- Kemi... Faleceu.
- O quê?? – Milon gritou assustado – Quando? Por quê?
- Hoje pela manhã, quando fui ao quarto ele já estava morto
– A mulher começou a explicar um tanto afobada – Ele foi mordido por um lagarto
de sete dentes... E morreu, assim como todos com são infectados pelo veneno
desse animal.
Milon ficou aparvalhado com a noticia, saiu correndo da
escola, atravessou a vila o mais rápido que pode e cruzou os corredores da casa
de seus mestre até chegar no quarto onde o corpo do velho Kemi descansava em
paz. Se ajoelhou a beira da cama e ficou olhando o velho, seu professor. Estendeu
a mão para tocar a face do corpo, mas ao tocar a superfície gelada algo
inesperável e assustador aconteceu.
O corpo ficou em uma tonalidade cinza e rachaduras
começaram a surgir da pele, então de uma só vez o velho se dissipou no ar,
deixando apenas um pequeno montinho de cinzas no lugar.
- Que isso???
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Longe dali o jovem Yahiko continuava com sua jornada recém
iniciada, estava chegando perto da cidade de Ventania, onde no dia anterior
tinha tomado conhecimento da primeira pista que levaria até o Vale dos Ossos Verdes.
Estava acostumado a passar horas e horas andando pelas ruas daquela cidade
pacifica e agradável, entrando em lojas, conversando com seus amigos, mas dessa
vez ele iria evitar a cidade. Não queria que ninguém soubesse que ele estava
partindo.
Porem, a cidade de Ventania se localizava na fronteira do
País Dos Sete Ventos, depois dela havia uma grande floresta, conhecida como
Floresta Negra do Norte, essa floresta se estendia por milhares de quilômetros,
Yahiko nunca tinha sequer entrado nela, e não fazia ideia do que havia depois
dela, a única coisa que sabia era que existiam inúmeros monstros, ladrões e
perigos de todos os tipos escondidos entre aquelas enormes árvores e que o
único jeito de deixar o país e ir para o Deserto Vermelho, como para qualquer
outro lugar sem ter que passar por aquela cidade era entrar naquela mata e
enfrentar o que quer que tenha lá.
- Ai ai... Isso vai ser problemático – Ele disse a si
mesmo, se sentou em uma pedra bem grande a beira da estrada de terra em que
andava e abriu sua mochila, olhou tudo que estava lá dentro e retirou o mapa,
desdobrou-o, estava em branco, como da primeira vez em que o vira, antes de seu
avô proferir as palavras que revelava as informações naquele simples pedaço de
papel envelhecido – Se eu amenos soubesse o que ele disse... Bom, de um jeito
ou de outro terei que entrar na floresta se quiser ir a algum lugar... Então
melhor fazer isso logo!
Guardou o mapa na mochila e em um salto se levantou da
pedra e continuou a caminhar pela estrada de terra. Em pouco tempo já estava
chegado perto dos portões da cidade, naquele ponto a estrada se dividia em
duas, a primeira seguia reto ao norte, dando direto no grande portão de madeira
da cidade, a segunda seguia a nordeste por mais alguns quilômetros e então
adentrava a grande e densa floresta, Yahiko não sabia mais que isso sobre
aquela estrada, mas mesmo assim seguiu por ela.
O céu daquela manhã era azul, um azul claro em que os
pássaros voavam tranquilamente, se deleitando com o sol morno e a brisa suave,
mas essa atmosfera foi mudando aos poucos, a cada quilometro, a cada metro, e
finalmente quanto faltavam apenas alguns passos para adentrar na densa mata de
árvores grandes de troncos grossos de um verde escuro e envelhecido, o ar ficou
pesado, os pássaros se calaram, desapareceram do ar, o céu foi perdendo sua cor
azul e se escondendo atrás das copas das árvores. Yahiko parou a beira da orla
da floresta, olhou a estrada a sua frente que aos poucos ia sumindo e se
tornando cada vez mais estreita e sombria enquanto adentrava cada vez mais na
escuridão da floresta. Não pode deixar de sentir um pouco de medo, mas mesmo
assim prosseguiu em seu caminho, seguindo a estrada e entrando cada vez mais na
floresta.
Uma das coisas que assustam todos os que entram na Floresta
Negra do Norte é o fato de o tempo lá não fazer sentido, não importa o tanto
que você ande, pode ser apenas um metro, ou caminhar por um dia inteiro, a
impressão que se tem é que você sempre esteve lá, as arvores são todas iguais,
e chegue uma hora em que uma densa neblina começa a tomar conta de tudo a sua
volta, e era isso que estava acontecendo com Yahiko naquele momento. Já tinha
dado inúmeras voltas, saído da estrada por onde entrara e ido para em um lugar
desconhecido, mas ao mesmo tempo familiar. Sua cabeça começava a rodar e ele
tinha aquela impressão de que sempre estivera ali.
Um ruído percorria todo o lugar a sua volta, a neblina surgia
sorrateiramente e tomava conta do solo, dando a impressão de que se estava
caminhando sobre a nevoa, sem tocar o solo. O som assustador passava pelas árvores
e parecia percorrer o solo, passar debaixo dos pés do garoto e até mesmo estar
no ar a sua volta. Era como se houvesse alguém o espreitando, observando cada
movimento. O chão estremeceu e ele percebeu algo vindo em sua direção. Deu alguns
passos pra trás para se afastar do que quer que fosse aquilo, mas como não
podia ver o solo em que estava pisando acabou tropeçando em uma raiz e caiu
batendo a cabeça no tronco de uma árvore morta que repousava caída no chão
coberto de neblina.
Yahiko arregalou os olhos ao ver que o que o assustara era
um inseto, não um simples inseto, mas uma espécie de vespa de aproximadamente trinta
centímetros de comprimento, vermelha e verde, com olhos grandes e amarelos, da
cor do ferrão e das garras. Mas o garoto se assustou ainda mais quando em menos
de um instante o inseto foi estraçalhado garras grandes e afiadas. A menos de
um metro de onde ele se encontrava, surgindo por entre a nevoa e as arvores,
uma animal gigante, o que parecia ser um lobo negro, rajado de azul, com dentes
grandes mostrados em sua boca arreganhada em uma espécie de sorriso, dando
passos longos e lentos, se preparando para atacar.
Ele não sabia o que fazer, o animal era quatro vezes o seu
tamanho, e ele era fraco, não podia se transformar em dragão pois sabia que
isso só deixaria as coisas mais fáceis para o grande lobo negro. Mas de um
jeito ou de outro teria que lutar, ou seria devorado. Deslizou sua mão para
dentro de um bolso da mochila e puxou uma das adagas que tinha pegado na sala
de seu avô, se levantou rapidamente e segurou a adaga o mais forte que pode, o
lobo instantaneamente se impulsionou para cima de Yahiko em um salto,
arreganhando ainda mais sua boca, pronto para estraçalhá-lo.
Yahiko pulou para a direita para desviar, o lobo encravou
seus dentes e suas garras no tronco de árvore que estava atrás do garoto, este
correu e se afastou do animal antes que ele se desprendesse. O que não foi
muito difícil, o lobo apenas apertou mais sua mandíbula ao redor do tronco e o
partiu em dois jogando os pedaços de madeira para os lados, olhou furiosamente
para o garoto e novamente saltou para cima dele, Yahiko não teve tempo para
desviar, se protegeu com a adaga, o lobo mordia a lamina como se quisesse a
quebrar com a mesma facilidade com que estraçalhara o tronco de árvore. A adaga
não era comum, era forjada de um metal muito resistente, banhada a ouro, feita
pelo clã dos dragões cinzentos, especializados em construir armas muito resistentes
e com propriedades magicas. Mas Yahiko não tinha certeza se aquilo bastava para
lhe salvar daquele animal feroz, empurrou com força e conseguiu afastar o lobo
que caiu a alguns metros de distancia flexionando suas patas prontas para
atacar novamente.
Então novamente aquele ruído assustador começou a percorrer
tudo a sua volta, como se alguma coisa se arrastasse em baixo de seus pés,
escondida na neblina. Subitamente ele sentiu sua perna ser envolta por algo
frio e áspero, a coisa continuou a subir por sua perna e enlaçou seu corpo o
mobilizando rapidamente, parecia ser uma raiz de árvore.
- Mas que droga é essa? – O garoto gritou enquanto se
debatia dentando se livrar das raízes que o imobilizavam, mas não teve tempo de
ver mais nada.
Quanto percebeu já era tarde demais, o grande lobo negro ao
perceber que sua presa estava imobilizada tinha saltado para cima dele, sua
boca escancarada de forma mais feroz que nunca, as garras se projetando ao
encontro do corpo do garoto, e então...
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1 Comentários:
*0* Não vejo a hora de sair mais um Capítulo! Está muito bom *0*
Parabéns Gabi *-*
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